ESPUMANTE, PROSECCO E CHAMPANHE: ENTENDA AS DIFERENÇAS


Entenda as diferenças entre as bebidas borbulhantes — Foto: Reprodução/Unsplash

Entenda as diferenças entre as bebidas borbulhantes — Foto: Reprodução/Unsplash


Espumante, prosecco e champanhe: entenda as diferenças

Podcast ‘Que Vinho foi Esse?’ explica como a produção de espumantes se expandiu no Brasil e dá dicas de harmonização entre as bebidas com petiscos fritos

01/02/2023 08h35  Atualizado há um dia

 


Você sabia que prosecco é espumante, mas espumante não necessariamente é prosecco? Para esclarecer de uma vez por todas este tipo de dúvida, no podcast Que Vinho foi Esse?, as apresentadoras Isabelle Moreira Lima e Patrícia Brentzel desvendam todos os mistérios que rondam o tema, dão dicas de harmonização com estas bebidas borbulhantes, e contam como os espumantes têm sido uma potência na produção nacional.

🎧 Ouça o episódio completo do 'Que Vinho foi Esse?'

Dica de harmonização

Como acontece a divisão entre as bebidas borbulhantes?
“Antes, tudo era champanhe. Mas teve uma hora que os produtores entenderam que seria mais vantajoso para todo mundo ter uma legislação clara, que regulamentasse o que era cada bebida, onde eram feitas, que uvas eram usadas, com que método. Então, prosecco virou prosecco, cava virou cava e champanhe virou champanhe”, explica Isabelle.

O que é prosecco?
“É o nome da variedade italiana que a gente também planta aqui no Brasil. Mas a legislação exigiu que este termo fosse retirado das garrafas feitas fora da região italiana de Prosecco, e que fosse adotada apenas a terminologia espumante. Aí a gente começa a falar também na adoção do nome real da variedade da uva que produz o prosecco, que é glera”, destaca Patrícia.

E champanhe, o que é?
“É o vinho com borbulhas que só pode ser chamado assim se for produzido na região de Champagne, na França, pelo método champenoise, que também é chamado de clássico, ou tradicional. Uma vez que o vinho base – que é feito de pinot noir, chardonnay ou pinot meunier – está pronto, é feita uma segunda fermentação dentro da garrafa. Eles inserem na garrafa o que eles chamam de licor de expedição, que é o vinho com mais levedura e açúcar. Por fim, fecham com a tampinha de cerveja. Daí a garrafa fica um tempo em contato com essa levedura. Quanto mais tempo nesse estágio, mais cara fica a bebida”, conta Isabelle.

A produção de espumantes no Brasil
“O Brasil é uma potência quando o assunto é espumante, pois o país tem um terroir bem favorável para a produção da bebida. Dois dos fatores que levam o país a essa posição são o clima e o solo brasileiros, propícios para este tipo de produção, especialmente no Sul do Brasil. O terroir da Serra Gaúcha faz com que as uvas tenham maior acidez, que é um ponto primordial para os vinhos de base, usados para fazer espumantes”, comenta Isabelle.

Mas nem só no Sul acontece a produção dos espumantes: “Nos últimos 6 anos, a Serra da Mantiqueira entrou no mapa da produção, colecionando prêmios, medalhas em concursos. Eles são principalmente conhecidos pela shiraz e sauvignon blanc, que vêm se destacando por lá”, explica a especialista.

Pét-nat: o borbulhante da vez
“O ancestral me interessa muito, e cada vez mais os produtores têm tido este olhar, de resgatar as coisas como elas eram antigamente. Os pét-nats são espumantes feitos com apenas uma fermentação em garrafa e eles têm esse nome, o chamado método ancestral, ou seja, o vinho não passa pela segunda fermentação no tanque, ou na própria garrafa, como é o caso dos espumantes convencionais”, destaca Patrícia.


Fonte:https://receitas.globo.com/series-originais/que-vinho-foi-esse/espumante-prosecco-e-champanhe-entenda-as-diferencas.ghtml



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