O que você precisa saber sobre as taças de vinho
Sabia que existe o tipo ideal de taça para cada vinho? E sabia que não encher a taça até o final é muito mais do que uma regra de etiqueta? Veja tudo o que você precisa saber sobre o assunto:
Você sabia que existe um tipo específico de taça para cada tipo de vinho? Pode parecer bobeira, mas cada bebida tem seu teor de doçura e o formato da taça atinge a parte correta da língua em que o sabor deve ser degustado. Conversamos com Wildner Gustavo, que é mixologista e trabalha na multinacional britânica Diageo, dona das marcas Smirnoff e Johnnie Walker para entender mais sobre o assunto.
Em primeiro lugar, é preciso entender que a taça é dividida em três partes:
Bojo: é a parte mais larga, onde se serve o vinho.
Haste: fica entre o bojo e a base. É onde em que se deve segurar a taça.
Base: é a estrutura que sustenta.
A diferença de cada uma está no tamanho do bojo e da haste que varia de acordo com cada aroma. Agora que você já sabe quais são as partes da taça, vamos para as tipos mais comuns e suas características:
1. Taça Bordeaux
Ela é feita para abrigar vinhos tintos, que possuem maior concentração de tanino. O tanino é uma substância presente na casca da uva que dá a sensação de secura no vinho. Um dos tipos mais conhecidos de taninos é o Cabernet Sauvignon, mas, como o próprio nome da taça diz, o vinho de denominação de Bordeaux, também. Para degusta-los melhor, esta taça possui um bojo grande que direciona a bebida para a ponta da língua.
2. Taça Borgonha
Ela é um pouco diferente da primeira, porque nela se serve um vinho que provém de uma uva mais ácida, as provenientes da região da Borginha, por exemplo. Então o bojo é maior que o da Bordeaux, porque o ar ali dentro vai circular muito mais e será possível sentir melhor seu aroma. O desenho da taça atinge o meio da língua e a ponta.
3. Taça de vinho branco
Ela é um pouco menor que as taças do vinho tinto, que são a Bordeaux e a Borgonha, porque o vinho branco precisa sempre estar em uma temperatura um pouco mais baixa e um recipiente menor permite menos trocas de calor.
4. Taça de vinho Rosé
O vinho rosé é uma mistura da acidez do branco e o aroma do tinto. Por isso, ela tem a altura de uma taça de vinho branco e o bojo de uma taça Bordeaux. Na falta de uma taça específica para o rosé, a do branco pode ser usada sem problemas.
5. Taça de espumantes
As taças que devem ser usadas para champagnes, são bem mais finas para que as borbulhas atinjam o nariz e liberem seu aroma mais delicado. Ela precisa ser o bojo arredondado, mas é fina e mais comprida.
6. Taça ISO
Essa é perfeita para quem ama vinho, mas não quer investir em taças específicas. Ela é coringa e pode servir bem para todos os tipos, porque é mediana. A ISO foi criada em 1970 pela International Standards Organization, que a colocou como modelo oficial.
O ideal é que as taças sejam feitas de cristal, graças à leveza do material. As taças de cristal têm 24% de chumbo em sua composição, o que é um material tóxico. No entanto, não é preciso se preocupar com isso porque o vinho precisaria passar dias ali para o chumbo ser liberado.
É importante lembrar também que a forma correta de pegar na taça e de enchê-la não dizem respeito somente às regras de etiqueta.“ A gente tem que pegar sempre na haste e não no bojo. Além das impressões digitais ficarem na taça, isso altera sua temperatura, o que influencia o sabor, o aroma e o paladar final do vinho”, explica Gustavo. O mixologista explica que o ideal é que o vinho seja servido em até ⅓ da taça, para ter espaço para o ar e a degustação seja a melhor possível.
Na hora de lavar, use sempre apenas água morna e detergente neutro. Depois de lavá-las, deixe-as secar sem ajuda de panos, para evitar que fiquem com pequenos fiapos de algodão. Guarde em um lugar livre de gordura.
Fonte:https://revistacasaejardim.globo.com/Casa-e-Comida/Reportagens/noticia/2018/10/o-que-voce-precisa-saber-sobre-tacas-de-vinho.html
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